Fase 0 - Bar

junho 17, 2014 Unknown 0 Comments

O Bar...

Uma espelunca em algum lugar perdido da América Central, as coisas ainda não tinham mudado, mas tudo estava perto de ficar muito demente.



Ele ja estava cansado do que fazia. Anos a fio desde que recuperara tudo, achava que aquilo era a única coisa que podia fazer, sem questionar sem se perguntar. Se outros caminhos existiam ou se contos de fada podiam realmente machucar. Limpar a sujeira dos outros, e não permitir que normais as vissem pode parecer simples. Mas neste mundo nada é simples.
Talvez ele teria feito isto por anos a fio, se não fosse aquilo! Mortos, todos mortos! E pra que? Nada, nada...
O bar se assemelhava a qualquer bar de contos e filmes baratos, sujo com um ofensivo tom alaranjado vindo das lampadas mal limpas que balançavam a cada pedido de bebida em seu balcão desgastado.
Ela entrara a poucos segundos, mas sua presença não condizia com o lugar, era de estatura baixa não tinha exatamente o corpo de uma modelo sendo até um pouco acima do peso considerado.  Trajava calça jeans surrada e clara uma camiseta branca com os dizeres de alguma grife obscura norte americana, seus cabelos negros profundos presos por um arranjo de cor profunda puxado para madeira. Usava oculos grandes e com um certo grau, olhos castanho escuros e pequenos mostravam uma faceta dificil de se decifrar naquele lugar de salafrários.
Sua primeira atitude foi fixar os olhares no local, algo ali era o que precisava, o que procurava e sabia como iria adquiri-lo. Ao sentar no balcão logo atraira a atenção de muitos olhares indesejáveis.
 - Uma Marguerita Vermelha senhor - Diz a garota em um inglês carregado em herança européia. Olhando desconfiado o bartender que os braços mais pareciam de algum fisiculturista aposentado com uma cicatriz que partia o lado direito do ombo aos pulsos, prepara a bebida parecendo desconfortável com o que estava se desenhando ali.
Mal o copo se desenhava na mesa dois grandalhoes se apertaram do lado da garota, faziam o estilo estivadores claramente ja estavam abusados do alcool e não pareciam ver uma mulher a um bom tempo... - Essa vadiazinha é minha - o tom de mais a esquerda era acido e ranhoso como arame farmapo... - Vai se fuder Desgraça - As ameaças do outro eram graves como um sapo roxo. Estava claro que a ela estava em problemas mas na hora que a primeira mão voou ao ar para iniciar qualquer contenda, ela sorriu...
Ele achara que tinha secado o bar, bem na verdade tinha chegado bem perto. Não via nada que não fossem vultos, ja estava em um autoimposto coma do mais puro alcool barato de tantas marcas que não saberia contabilizar. Estava ali jogado como lixo naquele bar não sabia a quantas horas, mas porque se importaria sobre elas? Eram apenas horas... e elas passam como tudo o mais.
Mas naquela hora onde tudo o mais não era mais que borroes,  um borrao de cor branca e cabelos escuros muito profundos o despertara, a as mãos que voavam violentamente por cima de si mesma.
Tudo então se sucede como um rolo de filme! A primeira garrafa na mão dele estilhaça na cabeça do grandalhão da esquerda, o sangue voa em globos rubros e estilhaços enquanto o gigante vira ainda de pé para esmagar o inseto que o atacara... ledo engano... Ele salta de seu canto segura com as duas mão o enorme braço do gigante furioso e parecendo bailar uma dança macabra apenas se balança e o joga do outro lado da pequena sala de iluminação ambar. O segundo se desvia de acertar a garota e procura um grande como de vidro no balcão o quebra e se lança em uma assustadora velocidade, na qual ele se aproveita de seu próprio embalo para trombar com o segundo gigante portando o copo fazendo-o se desequilibrar e beijar o chao com os cacos virados contra o próprio ombro. Ao tombar ainda sentiria uma forte pancada de antebraço fazendo-o finalmente inconciente.
O gigante lançado no fundo da sela acabara de se levantar na mesma sucessão quando ele se junta no fundo da sala com uma rapida sucessão de golpes no peito do golias e uma batida de mão aberta em sua julgular que o faz cair novamente para não mais levantar.
Ele apenas teve tempo de mais um único olhar para sua nova protegida antes de todas aquelas garrafas baratas finalmente cobrarem seu preço, desabando igual aos gigantes que acabara de derrubar. Enquanto tudo embaralhava e escurecia ele podia jurar escutar um feminino sorriso de aprovação no escuro... 

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