CÓPIAS, ANALOGOS, ARQUÉTIPOS E MULTIVERSOS!

maio 04, 2019 Vekariel 0 Comments



         Bem Aranhaverso ja estreiou e até saiu de cartaz, arrebatou uma galera e fez o maior e devido sucesso, eu tinha pensado em fazer uma resenha como todos fazem mas troquei minha visão com o passar dos dias. Decidi falar de algo mais necessario nas mesas e nas criações de fantasia deste brasil afora, vamos dar uma olhadinha aqui se tudo que parece é realmente plagio ou temos uns terminhos a mais interessantes ai, afinal o que são arquétipos e análogos, como usa-los e como defnini-los? Construir personagens em cima de personagens famosos ou variações deles é sempre tão ruim para a história assim?

         Na história dos bastidores de Quadrinhos de heróis e outras obras de fantasia a acusação de copia e fraude não é estranha e ocorre com certa frequencia, inclusive com fans de certo personagem acusando o personagem de outros fans de ser copia e gerando acaloura-das discussões na internet e até mesmo fora dela.

         Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte, sera que todo personagem que parece com outro é uma cópia? E este desenho que traz um monte de versões do mesmo personagem foi tão bom, fez tanto sucesso e ninguém acusou nada de ser copia um do outro? Como podemos responder isto? Bem esta conversa é longa e só vou dar minhas poucas pinceladas aqui, depois quero indicar bons locais para se pesquisar mais a fndo sobre estes conceitos.

         Personagens acusados de serem cópias um do outro vem de muito tempo já, como a conhecida história entre o Capitão Marvel(Shazam) com o Super-Man que rendeu a falencia da Fawcet Comics e venda dos direitos do capitão  para a DC comics. Aqui para entendermos melhor  o conceito sobre o que  conversamos devemos entender rapidinho o que significa a palavra Arquétipo.

O ARQUÉTIPO

         Um arquétipo é um conjunto de idéias ou ideais que se unem formando um conceito só, um único constructo que pode ser estudado e entendido mais facilmente pelas pessoas sob o prisma de um mesmo acontecimento ou pessoa. Todo um conjunto que forma a base de um tipo de herói pode ser considerado um arquétipo.

         O Superman por exemplo, vamos desconstruir o que o personagem representa. Pegando um apanhado por alto eu poderia falar que ele é a representação da justiça e do melhor do ser humano , algue que se sacrifica por seu semelhante e nunca abusa do poder que tem para ganho proprio ou mesmo para resolver qualquer problema. Em resumo ele é a epítome do que seria uma pessoa super correta. Se formos montar um arquetipo fisico, seria alguem invulneravel que voa e tem sentidos especiais.
         Este é o arquétipo do superman, o primeiro superheroi e ele aparece em praticamente todas as histórias em quadrinhos, personagens como Shazam, Sentinela, Majestic, Apolo e varios outros usam do arquétipo do superman para se criarem, eles não sao realmetne copias apenas bebem do mesmo conjunto de conceitos e ideais que juntos formam aquele constructo de ideias, aquele arquétipo.

         O próprio batman é a representação máxima do arquetipo do cruzado urbano, aquele que combate nas ruas dia apos dia com um codigo de conduta todo próprio e esconde sua propria face sob uma mascara, nao tem como comparar todos que vieram depois com o Batman. Cópia? Ou o batman se tornou realmente um arquetipo ou seja como falamos o conjunto de caracteristicas que definem este tipo de herói?

         O próprio Batman ja seria um arquétipo dos antigos heróis Pulp que perderam seu lugar para as histórias de super heróis que tinham um apelo muito maior com o público jóvem ele seria na verdade o arquétipo do vingador urbano, muitas vezes imortalizado em histórias pulp.

O ANÁLOGO
          Outro conceito quando começamos a viajar por ideias parecidas ou quase iguais e mesmo por multiversos é o análogo, uma palavra pouco usada no dia a dia eu sei mas muito importante para entendermos os significados de várias obras que mais parecem realmente uma cópia da original mas muitas vezes se tornam até melhores em contar suas histórias.
         Um análogo nada mais é que uma versao pensada e vista de forma diferente de um conceito ou personagem para que o autor possa desenvolver novas idéias e realidades sem alterar realmente o personagem original ou poder testar coisas que seriam impensadas com ele. Um analogo também serve para se discutir algum tema que seria incompativel com o herói original.

         Vamos pegar um exemplo, o bromance entre Batman e Superman, enquanto a nível de amizade profunda não vemosproblema algum aí, mas no momento que tocamos no pormenor de romance entre os dois, as paredes vem abaixo, produtores dizem nãos coléricos e toda a comunidade ruge para deixar seus queridos de fora desta mudança.

         O que fazemos? Bem Warren Ellis tem a resposta, voce cria uma nova dupla de heróis, inclusive em outra editora que são muito similares a Batman e Superman, claro com algumas diferenças só que com uma diferença... eles são gays e estão apaixonados. Pronto podemos trabalhar todas ideias e concietos de desmistificar preconceitos e sobre os mesmo em casais homoafetivos usando a formula dos dois maiores heróis do mundo sem usar eles  de verdade. Temos ai então os fantasticos Apolo e Meia-noite, resperctivamente Superman e Batman. E não se engano as historias deles tem um nível tao alto de roteiro que varias vezes elas ficam muito melhores que as histórias de suas inspirações originais.

         Outro exemplo de analogos famoso que ninguém na maioria das vezes nem sabe é Watchmen. Que por causa de um sonoro não, ele nao deveria nem mesmo ter existido. Acontece que Alan Moore, na DC comics na época queria usar os personagens da Charlton Comics, recém adquirida pela nossa querida DC comics, para fazer uma desconstrução do herói mostrando muito de seus valores reversos. Como os personagens tinham acabado de chegar na editora ele recebeu um sonoro não, mas poderia tentar algo com personagens novos.

         O que ele fez? Criou um mundo novo todo baseado na Charlton com varios de seus personagens com analogos bem proximos como Rorscharq sendo no Questão e por ai vai, e contou sua historia da forma que queria, dando vida a um classico gigantesco da arte de se contar histórias. Nascia ai Watchmen.
         Grant Morrison viria anos depois em seu Multiversity contar uma história no mundo da Charlton usando seus peersonagens emulando watchmen para mostrar como seria sua visao da historia usando os personagens originais da falecida editora.

         Resultado, ambos os trabalhos ficaram sensacionais. Simplesmente não da para chama-los simplesmente de copias dado o alto teor de pensamentos, teorias e novidades além dos questionamentos qu eestes capitulos levantam. E ninguém teria coragem de chama-los de cópias.

MULTIVERSOS
          Vindo direto desta questão de cópias, análogos e arquétipos temos as teorias e uso do conceito de Multiverso, que seriam replicações de universos como os nossos sobrepostos e normalmente separados por vibrações ou outro fenomeno natural ou divino ou de qualquer fonte que se sobrepoem sendo muito parecidos ou radicalmente diferentes entre si.
          Dentro de cada realidade destas acredita-se que existiria uma versão diferente de cada um de nós coexistindo ao mesmo tempo mas vivendo e morrendo de formas totalmente diferentes entre si, cada ação nossa criaria uma destas existencias dado que de acordo com a teoria do caos que podemos ver em uma postagem futura, cada mínima ação nossa pode mudar totalmente tudo o que seriamos no futuro. Em obras de ficção este conceito é explorado a fundo o que não deixa de ser realidade nos quadrinhos e RPG. Pelo multiverso até o mais relés fanfic tem uma pitada de cânone( história ou fato ligado à criação original da obra sem ser feito por terceiros, considerado como oficial). E aproveitando desta característica que os roteiristas e criadores estão sempre homenageando-se entre si com versões parecidas ou com ideias similares a seus colegas de trabalho. Um multiverso então conseguiria ter todas estas teorias em conjunto num mesmo lugar dividindo os mesmo espectadores.
          O próprio Aranhaverso é uma história que trabalha de forma magistral a ideia de multiverso, colocando varias versões do homen aranha trabalhando juntas em uma história de qualidade ímpar que a muito não tinhamos. E tudo se encaixa mesmo tendo Miles Moralles e o Porco Aranha contracenando com um Homem Aranha Noir.

E O RPG ONDE ENTRA NESTA?


             Nosso querido Hobby tem tudo a ver com esta idéia, eu vejo muito em discussoes de mestres pelas internets a fora um receio em entregar ou deixar os jogadores fazerem personagens muito parecidos com personas ja criadas em filmes e quadrinhos ou mesmo jogar com os mesmos dizendo que poda a criatividade e que vai ficar muito ruim. Eu cansei de ouvir esta conversa. 
          Tenho uma postagem mais antiga também reclamando de como grandes obras atrapalham a criatividade e o surgimento de novas obras e mesmo parecendo que aqui seria o contrario do que eu disse, proibir em suas mesas dos jogjadores trabalharem versoes novas de personagens ja existentes também é uma podada na criatividade e na empolgação de seus jogadores. 
          Variações de heróis conhecidos e as interpretações únicas de certos jogadores nunca deveriam ser podadas ou desestimulaads, faça duas mesas e deixe um batman em cada mesa, dificilmente estes batmen seriam iguais. Se nem no cinema conseguimos isto onde cada ator da a seu personagem sua carga propria e dramantica e nos divertimos vendo estas diferenças, porque na mesa de rpg deveria ser diferente?
         E principalmente em mesas com histórias de super heróis, multiversos deveriam ser servidos no cafe da manha e permitidos para que os jogadores abusassem de suas visões pessoais de personagens famosos. Então alimente suas mesas desta fonte, deixe os jogadores se divertirem e trabalhe analogos sem pensar duas vezes todas as vezes que quiser passar uma mensagem sem usar um personagem realmente famoso, ou abuse em criar arquetipos para facilitar a vida de seus jogadores, e lembre-se as historias memoraveis só vem realmente de um monte de histórias que as pessoas consideram esquecíveis, então se vc colocar em suas mesas esta pitada de imprevisibilidade e lembrar que tudo que fazes em sua mesa é CANÔNICO sim no conceito de multiversos, vocês se divertirão muito mais.
         Minha própria Arton se chama Arton-D, é totalmetne pensada usando Tormenta Alpha e tem uma ilha isolada la para o sul de galrasia onde sempre é outono e é entrada para o ultimo bastião de uma super civilização magica e arcana que viu seu fim em um mal parecido com a tormenta, e sinceramente é minha Arton paralela tão canone quanto a mesa de stream da jambo, somente alternativo mas existe e esta aqui.
         Então sejamos mais maleaveis capiche sobre como usar e nao usar personagens e cenários famosos em suas measa, lembrando sempre destes conceitos que quando bem explorados rendem historias maravilhosas.
5 VARIAÇÕES 9 UNIVERSOS
         Para entrar na brincadeira eu deixo pra mim mesmo aqui um desafio que vou cumprindo com o tempo, durante o passar do ano. Irei escolher 5 personagens da Marvel e cinco personagens da DC e postarei uma postagem sobre cada um dando a eles 9 variações criadas por mim em universos paralelos como os homem aranha do Aranhaverso e mulheres aranha.
         Ainda pensarei na lista mas fica a promessa, e quero voltar muito neste assunto ainda do que se conflagra como cópia ou não e sobre multiversos. Por agora pense bem ao ler sobre personagens parecidos ou julgar a interpretação de seus jogadores sobre usar personagens conhecidos, voces podem estar perdendo uma oportunidade de ouro para dar variações maravilhosas para suas histórias.

         Nunca deixe de tentar o novo, mesmo que o convencional possa ser mais tentador, e nenhum personagem é um canone ambulante, pense em arquetipos analogos e interpretações e seja feliz com seu Multiverso. 


Arte da Publicação          
Material de Divulgação













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