A ARTE DA DISFUNÇÃO

julho 21, 2022 Vekariel 0 Comments




Históricos rebuscados que mais parecem roteiros de filme de Vampiro tentando se tornar politico? História de ex reis que viraram camponeses apos perderem tudo para um despota qualquer e precisa evoluir para conseguir revanche?
Não perca seus cabelos (eu já perdi o meu), bora falar sobre... (LEIA O TITULO DO BLOG AQUI MEU)...


Ou como bagunçar uma mesa de RPG.

 Tá eu sei, isso soa como um clickbait desgramado, mas é mesmo. Queria sua atenção só por um pouco. Mesmo porque acredito que tu ja esteja escrevendo seu próprio histórico de aventuras no mundo real, esta de quarentena não esta? Se ainda não esta... vai pra casaaaa...

Cof, Cof, mas enfim vai que a data em que le isto seja diferente e não exista quarentena mais, vamos ao assunto. 

Resolvi escrever este minúsculo ensaio para combinar com o maravilhoso texto do Alexandre Soares, no Blog da Brigada Ligeira Estelar, Aqui ó: GERANDO PERSONAGENS FUNCIONAIS.

Bem merchan dado e avisos vamos ao texto.

Eu curto muito históricos certinhos não tao detalhados e feitos para trabalhar com o grupo, deixo claro isto aqui não é contra o texto, na verdade é a favor pra caramba. Mas podemos bagunçar um pouco pra ver se sai coisa boa também.

Às vezes pode ser legal a gente permitir que Deus jogue dados com os personagens, e nisso um LifePath pode ser uma saida maravilhosa, ou procure um perfil de jogador de vampiro do inicio do Século (nó essa pareceu vintage mesmo), que tu vai achar exemplos da arte magistral do Pedantismo. Enfim a ideia aqui é ser um pouco pedante mesmo então esta valendo.

Um histórico muito rebuscado é uma chave maravilhosa de ganchos, o grande problema  é quando temos 4 ou 5 históricos assim formando um grupo que nunca funcionaria junto e temos um mestre a beira da esquisofrenia arrancando os cabelos, como proceder? Proibir obras Shakerperianas? (Não me acusem de chamar Shakesper de pedante por favor, hunf). Bem a resposta é NÃOOOO....

Vamos agora pular de braçadas no universo dos históricos rebuscados.

Históricos muito detalhados podem e devem ser trabalhados na forma de spinoffs, ou missoes secundarias ou mesmo tramas paralelas chame assim como quiser, mas não devem ficar nas maos do mestre. Isto não é do Mestre e sim do jogador, simmm jogue a bomba em cima do dono do Histórico.

A idéia é que o RPG é um jogo cooperativo de se contar histórias onde todo mundo acrescenta algo e temos uma história final (pqp eu nunnca pensei em explicar rpg assim só agora pensei nessa perola, gente anota ai). Mas o que muitas vezes acontece é que não exploramos muito este potencial de história caotica, porque temos mesas onde os mestres sao Ativos contando o clima e tudo que vai ocorrendo no mundo e temos jogadores muito reativos, interessados apenas em seguir o caminho.

Mas a verdade liberta, então vamos por estes jogadores para trabalhar também. Primeiro o mestre tem que perder o medo de dar poder aos jogadores, entregue seu passado ao seu dono e reserve alguns pontos que ache interessante para usar na sua história mas o historico do personagem passa a ser da alcunha do jogador.

Fazendo isto organize de seu jeito (podemos tratar isto em outro texto), uma forma de fazer um rodizio  entre os jogadores nos tempos mortos de história, que eu sei que existe e deixe que eles narrem e escrevam juntos sobre desenvolver este passado no presente, mesmo que o personagem tenha que ir solo faça o jogador mestrar isto (bem se os jogadores nao gostam de mestrar, ai ai meu deus la vai outro texto depois), e os outros jogadores assumem personagens temporarios.

 Claro não fique muito tempo nestes spinoffs, mas deixe que os jogadores se divirtam com a historia do amiguinho. Não segure muito deixe ele viajar e vai aproveitando os elementos novos melhores que surgirem na narrativa e acrescente na campanha.

Claro nem tudo é um mar de flores, muita coisa pode ficar fora de lugar ou redundante e precisar de Retcons, mas camarada deixa eu te contar uma coisa? TUA MESA NÃO É UM FILME DA MARVEL OU QUADRINHO DA DC.  E vejam eles são os reis do Retcon, ahhhh liberdade.

Mas o que eu quero dizer é, seja mais livre com sua mesa, deixe as cabeças voarem mais e seja mais experimental também, muita merda pode rolar, talvez vcs precisem corrigir muita coisa na história com o passar do tempo, mas grandes obras e narrativas só nascem depois que muita coisa passe pela ponte, e nessas coisas pode por toneladas de bobagens e narrativas esquisitas.

Enfim, nada contra ser a mesa de rpg coordenada e perfeitinha, mas as vezes é bom dar lugar para um pouco de bagunça e individualidade narrativa e complexidade e pedantismo... ops me empolguei, mas o recado é este... também pode ser bom deixar seu jogador voar longe, com um pouco de sorte a cola dele é melhor que a de Ícarus e ele pode trazer ainda a essencia do sol.


Arte da Publicação
Frames do Filme Entrevista com o Vampiro (somente divulgação)

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